sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quero Ver o mundo Sambar



"Em Seu novo Trabalho Daniela Mercury mostra que moda também é cultura popular"

Olá, tudo bem por motivo de viagem estou adiantando o post da semana que vem, era para eu continuar dissertando sobre a palestra da Júlia, mas o lançamento do novo trabalho de Daniela Mercury me chamou atenção, quantos de vocês leitores já pararam para pensar sobre moda e cultura?

É sim parece estranho, mas em “Canibália Ritmos do Brasil” isso é mostrado muito bem pelas referências trazidas pela artista no palco desde o início onde ocorre a homenagem aos sambas, nesse bloco a cantora veste-se de branco e canta descalça demonstrando a simbologia do candomblé e também as próprias raízes de sua terra tal qual a grande Maria Bethânia que também tem esse hábito de apresentar-se descalça. Poderia ser um detalhe bobo, mas está inserido com os bailarinos também que na abertura instrumental do espetáculo cantam em volta da cantora como uma genuína roda de candomblé tornando a primeira parte do espetáculo bem étnica, tanto é que neste primeiro bloco há dueto com a baiana portuguesa Carmen Miranda em O Que é Que a Baiana Tem.





O segundo bloco a apresenta também vestindo rendas, mas desta vez da cor preta onde se pode perceber uma modernização da Bahia e também de seus costumes, é nesse trecho que ocorrem os encontros mais inusitados do show com a escola de samba G.R.E.S. Unidos da Tijuca e com o Boi Garantido de Parintins o figurino da cantora nesses encontros serve como o oposto a exuberância de cores que ambos trouxeram ao palco, o que não deixa de ser interessante já que se percebe também nesse bloco do espetáculo a função do figurino também representar a essência brasileira e “roqueira” da intérprete.




Chegamos então ao final do espetáculo onde temos a intérprete vestida com um vermelho ardente como as Iabás (Orixás mulheres) do candomblé, interessante perceber que esse figurino também serve como oposto já que no fim do espetáculo a cantora canta seu maior sucesso de tecno axé “Maimbê Dandá” esse figurino a meu ver serve para reafirmar os laços culturais da cantora com a sua terra. Não é a toa que é nesse figurino que ela executa Swing da Cor e O Canto da Cidade seus dois grandes primeiros sucessos.

Musicalmente o trabalho é perfeito, assim como nos figurinos Daniela em Copacabana, mas uma vez mostrou como é possível atrelar a moda à musicalidade sem que pareçam mundos estranhos.





Axé Daniela,que você ainda faça o mundo sambar.


(Fontes Fotográficas:http://liciafabio.uol.com.br/, http://www.videolar.com,http://www.revistaexclusiva.com.br,http://itabirafest.com)

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