terça-feira, 26 de junho de 2012

Vitorino Campos: verão 2013


"E a Bahia mostra na passarela que não é só axé music e balangandã"

           Olá leitores tudo bem? Depois de uns dias corridos estou aqui de volta atualizando meu cantinho com mais SPFW, se vocês leitores se lembram dos resumos da semana durante a temporada devem se recordar de Vitorino Campos sim? Não? Bem então vamos lá.

            Esse SPFW de junho teve duas adesões no calendário, uma foi de Helô Rocha com a Têca que vou falar em outro post e a outra foi a de Vitorino Campos um dos associados da ABEST (associação brasileira de estilistas). Em sua estreia ele resolveu apostar no atemporal e contemporâneo com alguns toques históricos além de utilizar uma cartela de cores neutras que se conversavam entre si, é que muitas vezes como já vi em diversas coleções o designer viaja e cria uma cartela que não conversa com as roupas ou vice – versa. Portanto é muito complexo combinar as duas coisas, mas Vitorino Campos conseguiu em sua estreia na SPFW.



           
         A coleção vista era totalmente comercial, mas era visível que havia um forte trabalho conceitual, utilizando-se de saias lápis e blusas estruturadas o designer propôs conjuntos que tinham um perfume da Chanel  o que pode ser um erro mas o designer não caiu na cópia pois propôs além desse tipo de conjunto uma série de vestidos bicolores muito interessantes e contemporâneos. Merece destaque também a interessante releitura que ele propôs da linha corola de Christian Dior para quem não sabe essa linha é a qual o new look pertence, na versão apresentada pelo criador ele aparece em branco e interiço se assemelhou muito a Hupert de Givenchy o designer exclusivo de Audrey Hepburn no filme Cinderela em Paris e em toda sua carreira.





  


        Além do interessante trabalho de cores que poderia ser monótono ele utilizou-se também da geometria criando interessantes combinações que lembravam losangos, quadrados e outras formas geométricas. Lendo as críticas pós-desfile descobri que Vitorino Campos vem do estado da Bahia e a coleção dele mostra que a Bahia não é só carnaval e sincretismo como se espera, foi uma ótima estreia e desejo sucesso a Vitorino e que ele continue mostrando que a Bahia não é só a terra do axé e que lá também existe uma criação forte e contemporânea que poderia estar tanto em Salvador quanto em São Paulo e também em Nova Iorque.












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