segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Bate - Papo com Alexandre Herchcovitch 1° parte


“Sempre soube que minha moda era universal”



            Olá leitores, tudo bem com vocês? Entre os diversos eventos que já cobri para o blog, um dos mais interessantes ocorreu sábado passado um bate papo com Alexandre Herchcovitch, quem me conhece sabe que sou um entusiasta do trabalho dele e admiro muito sua trajetória, portanto nada mais justo que ir.

            Sábado pela manhã peguei a estrada rumo a São José dos Campos para assistir ao evento e digo a vocês foi incrível, mediado pela professora Patrícia Santanna coordenadora da pós-graduação do Senac o bate papo rolou animado, o estilista falou de tudo portanto vou resumir aqui os momentos mais  interessantes.



            Inicialmente ele começou contando um pouco de sua vida pré-fama isto é adolescência, infância de acordo com o próprio ele sempre soube o que fazer desde o início soube que sua carreira estaria conectada com as artes, portanto o estilista não teve dúvidas na sua escola pós-colegial, sendo que durante seus estudos básicos ele fez vários cursos livres em diversas áreas como fotografia e serigrafia. Inicialmente começou seus estudos em artes plásticas na FAAP porém posteriormente transferiu-se para a Faculdade Santa Marcelina em 1990 para o curso de moda onde acabou se formando.

            Ele seguiu um exemplo materno nessa escolha, sua mãe Regina Herchcovitch era proprietária de uma fábrica de lingerie e ensinou as formulas de modelagem e corte para o jovem Alexandre já que além de costurar roupas íntimas ela também costurava para si própria. Com essa escola o estilista soube quando entrou na universidade que seu futuro seria no estilismo, porém ele ressaltou no evento que a universidade não dá todo o suporte necessário e que ela mostra diversas opções para a área fora do estilismo, até por que como ele mesmo disse não há público para tantos estilistas.



            A partir desse início a conversa evoluiu para a sua vida profissional, ele contou que a sua 1° peça costurada foi para ele mesmo, porém isso não quer dizer era exclusiva o estilista afirmou que nunca enxergou suas criações como peças exclusivas e Patrícia bem lembrou sobre o consumo ser uma validação cultural, ou seja, o estilista só está no “mercado” quando está sendo consumido isso valida o criador  e o coloca de fato no mercado. no caso de Herchcovitch ele só se “sentiu” no mercado quando começou a criar coleções mais estruturadas e regulares a partir desse momento foi que ele se sentiu parte da engrenagem.


                        Essa engrenagem como ele bem destacou hoje em dia está mais estruturada parecida com os centros de moda europeus e americanos no início da carreira dele tudo era mais espalhado isto é pontual não havia organização, essa falta de organização era prejudicial em todos os sentidos inclusive na exportação.

            Como surgiu esse tema na conversa é importante destacar que Alexandre Herchcovitch já exporta há certo tempo e isso só é possível por que o estilista sempre acreditou que sua roupa era universal, porém isso foi planejado, mas ao mesmo tempo intuitivo e hoje em dia esse público não é uma fatia grande da marca, isto quer dizer que não corresponde a um grande faturamento.

            Após essa discussão foi aberta uma rodada de questões onde ele esclareceu algumas dúvidas do público presente, entre elas foi como Alexandre encarava a moda hoje, respondendo a essa questão ele deixou claro que isso é um negócio e hoje a Figura do estilista está mais exposta, ele encara esse mercado de uma maneira normal já que as pessoas precisam entender o estilista para consumir e ele deixou bem claro que não tem paciência para explicar conceitos simplesmente por que tem coisas que independem desse fato.

            Bem leitores, hoje fico por aqui pois o papo com Alexandre Herchcovitch rendeu tanto que tem assunto para um próximo post. Até a próxima

(Foto retirada de: cereja n pimenta e instagram do blogueiro)

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