sábado, 30 de junho de 2012

André Lima: Verão 2013


“André lima troca a noite pela tarde na SPFW”

             Eu só ia postar o desfile dele mais pra frente, mas mudei de ideia, pois André Lima merece um enorme destaque aqui no blog não sei se vocês sabem, mas já fui a vários desfiles dele em diversas ocasiões tanto que vi até quando a Fernanda Motta fez uma ação publicitária para a Kibon em sua passarela. Costumeiramente ele tem a tradição de fechar a SPFW com sua moda noite bem cortada, modelada e estampada sem tantos adornos como Rodrigo Rosner e Samuel Cirnansck outros dois criadores especializados na moda noite.

            Mas esse ano ele fez diferente marcando seu desfile para as 13 horas de sábado, de acordo com ele essa troca veio com propósito de mostrar que a mulher não é só uma diva da noite e sim uma mulher comum que também utiliza André lima para seus afazeres cotidianos, particularmente achei ótimo ele ter mudado o horário do seu desfile para mostrar uma outra faceta de sua carreira eu mesmo não conhecia o lado dia dele e me surpreendi positivamente.

        
       Com conjuntos de calças, paletós e hotpants bem cortados ele mostrou uma moda comercial sem ser careta e com um enorme traço criativo, além disso, fez um bom uso da estampa que apareceram em diversos momentos do desfile. Merece destaque um conjunto rosa com estampa verde o qual tinha em sua gola diversos pedaços de tecido os quais tinham uma similaridade com o origami japonês. Essa tendência mais diurna do criador não quis dizer que as mulheres de André Lima vieram minimalistas e sim que vieram contidas, mas continuam usando e abusando dos cortes e recortes do criador um especialista quando se trata de realçar as formas do corpo feminino, não é a toa que Deborah Secco, Fafá de Belém, Marina de La Riva, Mariana Belém, Preta Gil entre outras famosas são algumas de suas clientes.
       Sobre essa mudança de horário o estilista disse ao FFW de Camila Yahn:
            “Eu acho que o fato de ter feito uma parceria com a Riachuelo no ano passado, que se repete este ano, me trouxe uma relação de acessibilidade na roupa, uma visão dentro de uma linguagem que não é tanto de atelier. Não que eu vá deixar de fazer roupa de atelier, pelo contrário. O nosso negócio é roupa de festa, e isso é o meu trabalho. Mas existe uma coleção que acontece em paralelo com a outra que é a coleção que a gente chama de “dia”, que ficava às vezes meio escondida ou acabava até nem aparecendo. Dessa vez eu decidi mostrar mais dessa coleção que tem uma linguagem que a pessoa se aproxima mais, com mais desejo. Eu quero ter uma proposta que as pessoas falem “eu quero comprar aquela roupa”, em vez de “isso é um sonho...”         
           Se ele estava com esse conceito posso dizer a vocês leitores que ele conseguiu. Parabéns pela mudança André que seu dia nos encante ainda mais nos próximos SPFW.


R.Rosner: Verão 2013


“Rodrigo Rosner vai à Hungria, mas se perde no meio do caminho”

            E continuamos com as postagens individuais da SPFW, agora com o segundo desfile de Rodrigo Rosner na semana de moda, para quem não se lembra em janeiro eu e minha parceira Francine fomos ver a estreia dele na semana de moda. Gostamos muito do que vimos com rendas e bordados bem interessantes inspirados em mariposas, borboletas ou algo nesse estilo fauna de ser, na minha concepção naquela época ele havia se inspirado em hipismo e futebol americano por causa dos capacetes utilizados pelas modelos e as silhuetas que ele propôs em que as calças pareciam culotes de montaria.

            Portanto nesse segundo desfile fui com a mesma ideia de ver uma coleção de festa, mas sem a necessidade de ser kitsch se é que vocês me entendem, mas tive uma decepção enorme com o desfile que foi totalmente o oposto do que ele havia proposto no inverno e que eu particularmente havia amado e achado incrível.


            

      Inspirado na Hungria dos anos 40, o desfile foi uma sucessão de vestidos de festa muito adornados e exageradamente bordados, com diversas intervenções que lembravam em momentos flores campestres e em outros apenas acabamentos que se assemelhavam a lingeries. Na realidade o desfile dele é um exagero visual sem a necessidade de ser, pois hoje em dia que mulher usaria um vestido todo de renda com acabamentos em pena estilo aquele penhoar de nossas avós? Para o designer a mulher de seu verão é uma mistura de Val Marchiori a socialite de mulheres ricas com a Donatella Versace que ambas vivem em uma festa constante sem hora de acabar.


            Se os detalhes das peças eram um pouco exagerados o mesmo não se pode dizer das modelagens as quais eram simples e harmônicas, é claro que em cima de todas aquelas penas, brocados e bordados não percebi isso de imediato, mas observando as fotos pude reparar que a silhueta projetada por Rodrigo é extremamente simples e próxima ao corpo, entre todos os looks chamou-me a atenção um que as mangas eram pintadas a mão se assimilando aos kimonos japoneses. É gente se decompormos os looks propostos com certeza teremos boas propostas para o verão pois a Hungria de Rosner não é tão kitsch quanto pareceu na passarela.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Osklen : Verão 2013


“Osklen retorna ao seu passado no posto nove de Ipanema”

            Olá leitores hoje o meu post vai aos cariocas de coração e de nascimento, com a análise do verão de Oskar Metsavaht e sua Osklen que desfilou na SPFW nesse mês de junho.
            Com o intuito de um retorno as raízes da marca o que se viu na passarela foi um verão cheio de bossa com aquele brazilian soul que conhecemos e amamos, as modelagens eram amplas e discretas tal como os cariocas e paulistas adoram utilizar, percebeu-se durante a construção do desfile que a equipe de estilo da grife procurou levar de volta para a marca os seus personagens tão conhecidos e comuns. Para isso usou uma interessante cartela de cores que utilizava tons fortes como o dourado e outros mais neutros como o off – white.

              Se os homens da marca surgem com uma pegada surfwear descontraída o mesmo não pode se dizer das mulheres que usam e abusam de uma silhueta mais ajustada ao corpo e peças em tons brilhantes tal qual o dourado citado acima, é interessante perceber que nessa estação o designer propôs uma releitura não só da marca, mas também da praia no geral muitos looks femininos propostos tinham uma modelagem similar a popular canga, isto é lembravam ainda que vagamente como se utiliza esse pedaço de tecido estampado à beira mar.


             A pesquisa têxtil também merece destaque com a utilização dos e – fabrics já conhecido pelos fãs da marca, mas no desfile deu-se a impressão que toda a coleção foi realizada em cima desse tipo têxtil, mas não foi isso que aconteceu. Oskar utilizou-se também de seda artesanal a qual tinha um aspecto rústico do linho e também um atoalhado que era na verdade tricô entre tantos destaques como os tradicionais tecidos com espinhas de peixe que em outras estações já viraram de sapatos a bolsas pelas mãos da marca.

            Destaco também uma peça específica que é um comprimento mullet as avessas, na realidade não gosto acho que esse comprimento deforma o corpo feminino na Osklen ele veio revisitado com a frente tamanho maior e as costas menores, isso na minha concepção é muito interessante pois esconde a barriga feminina a qual eu particularmente não acho bacana.

         

   E no final a Osklen mostrou que mesmo em Nova Iorque, Paris, Milão entre tantas outras cidades ela nunca vai se esquecer da terra que a fez famosa que é o Rio de Janeiro.




quarta-feira, 27 de junho de 2012

Jefferson Kulig: Verão 2013


“Jefferson Kulig catalisa a moda ecologicamente correta seu verão 2013.”

             E continua a maratona aqui no blog, se os desfiles de quinta feira começaram bem com Dudu Bertholini e Rita Comparato o mesmo não pode ser dito de Jefferson Kulig que apresentou sua coleção antes da Osklen de Oskar Metsavath.

            Com o tema “catalisando a moda” o que se viu no desfile foi uma sucessão de boas propostas que no meio do caminho apareceram perdidas e confusas, divido o desfile dele em dois blocos o primeiro em que ele mostrou conjuntinhos de calças e blusas estruturadas e harmônicas com uma silhueta geometricamente perfeita tal qual Glória Coelho apresentaria na sexta feira. Se o desfile se resumisse a essa primeira parte tudo bem estava tudo bonito, uma moda com conceito mais comercial e acima de tudo visualmente bonita, mas não sei o que aconteceu que a segunda parte foi um susto visual.




            No segundo período o que se viu foi uma sucessão de vestidos tubulares como se fossem feitos de malha com diversas aplicações por cima que tinham a intenção de renovar e propor sobreposições sobre a roupa já que o tema do desfile era justamente propor uma “ecolabel”, Jefferson tentou propor essa ideia e eu até acho válido já que anda-se discutindo muito essa questão, mas infelizmente a maneira proposta foi errônea pois o que se viu foi uma sucessão de sobreposições e volumes os quais infelizmente pareciam não estar acabados isto é pareciam restos de tecidos desfiados, costurados em cima do vestido sem uma ordem ou uma linha de raciocínio.


            Embora as roupas fossem confusas, a cartela de cores não seguiu o mesmo esquema trabalhando com preto, caramelo, rosa e branco real, o designer conseguiu unir tons diferentes criando uma colorização racional e interessante e ainda mais surpreendente é como ele chegou até esses tons, já que a coleção tinha o gancho de sustentabilidade Jefferson utilizou enzimas para criar a cartela de cores o que poupou grande quantidade de água hoje tão rara no planeta. A única coisa que ficou meio alheia na apresentação da coleção foi o logo com o nome “uMMovimento” esse logo apareceu em diversas peças do desfile o que deixou a apresentação um tanto quanto publicitária.

            Já vi diversas ações de marketing atreladas a um desfile como a da Kibon no desfile de André Lima e a Colgate com a Água de Coco, agora um desfile publicitário foi a primeira vez que vi. Mas no final ficou tudo bem e Jefferson Kulig mostra que é possível fazer uma moda ecologicamente correta.



Juliana Jabour: Verão 2013


“Os extremos da década disco por Juliana Jabour”


            E continuando as matérias específicas da SPFW hoje vou falar da coleção de verão da Juliana Jabour, particularmente sempre gostei do estilo e das cores que ela utilizava em suas coleções, mas nessa temporada tive uma grande decepção com o que vi na passarela.

            Digo a vocês foi a primeira vez que vi a coleção dela e tive uma tremenda desilusão, mas vamos lá. Baseado nos anos 70 a estilista trabalhou com diversas modelagens e estilos de peças as referências mais visíveis foram o estúdio 57 e o filme Scarface com Michelle Pfeiffer que imagino que foi de onde surgiram as cores sóbrias que vi durante o desfile, agora se fosse só isso estava ótimo já que por mais estranho que pareça dá para montar uma coleção trabalhando com contrastes, mas Juliana também resolveu colocar o elemento esportivo foi ai que em minha opinião o fio da meada se perdeu.




            Trabalhando uma cartela de cores que mesclava fortes e fracos como: Pink, índigo, militar entre tantos outros o que se viu foi uma série de conjuntinhos que mesclavam peças mais estruturadas com outras peças mais leves e sempre de cores sóbrias ou às vezes em tons de cobre, nada muito ousado, por mais que eu goste do estilo de Juliana Jabour tenho que deixar claro a você leitor que esse verão dela veio preguiçoso e sem nada de ousado, até por que se você trabalha anos 70 tem mais que utilizar os brilhos e paetês não é mesmo? Bem mas tirando a maioria sonolenta dos looks o desfile também teve pontos positivos como um vestido marrom de listras que tinha um perfume cigano e na passarela tinha um efeito incrível quando a modelo caminhava.



            Além do vestido com perfume cigano merece destaque também algumas pantalonas em tecido cobre que tem um caimento perfeito, nessa sessão também posso incluir um conjunto de calça e blusa com listras que se assemelhou a Diane Von Furstenberg na época do vestido envelope. E também destaco os vestidos longos que tinham um caimento bem interessante criando uma silhueta longilínea. Se por um lado a designer criou uma década disco com menos brilho e pouco sonolenta, por outro ela acertou em diversos looks, portanto deixo aqui meus parabéns a ela.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Glória Coelho: verão 2013


“A singularidade pop quântica de Glória Coelho”

                   E continuando os desfiles da SPFW, tive a oportunidade de ver pela segunda vez a coleção de Glória Coelho, se no inverno ela usou e abusou das experiências têxteis criando interessantes volumes e texturas, nessa estação foi um pouco diferente. Já que não ouve muitos volumes com exceção de um casaco com uma modelagem mais ampla com aparência plástica já as texturas eram visíveis nos tecidos utilizados.

            Trabalhando com temas distintos que transitavam entre singularidade, 2035, sistema binário, holografia, tecnologia, física quântica, homenagem as listras e mistura de décadas, a criadora conseguiu criar uma coleção coesa e  fresca que atrelava silhuetas estruturadas da década de 20, com outras mais descontraídas e fluídas que se assemelhavam a descontração da década de 70. É interessante perceber que temas tão distintos pelas mãos da designer viraram um tema coeso e atualizado o sistema binário por exemplo apareceu em estampas discretas em preto e branco que combinadas com as listras davam um toque futurista e contemporâneo.

           
   
              A designer também se utilizou de uma cartela de cores que transitava entre brancos, off – whites, bege, cinza, preto, fúcsia, pink, vermelho, caqui, laranja, marrom, azul royal e amarelo limão, essa cartela a primeira vista confusa apareceu diluída durante a apresentação dando um toque de cor discreto e irreverente já que alternava cores fortes com outras discretas dando um contraste bem interessante como o vestido branco com um pelerine fúcsia, e o conjunto de couro de calça e blusa o interessante desse conjunto é que sua blusa aparece recortada em listras provocando um jogo de transparências fascinante e atualizado.




         
      


          E mais uma vez Glória Coelho surpreende com um verão conceitual na medida comercialmente possível, em minha opinião dos vinte dois desfiles vistos mais uma vez ela está no meu top três, pois soube com maestria combinar assuntos divergentes de uma maneira coesa e interessante criando um verão 2013, fresco e intenso que alterna o futurismo com o contemporâneo tal qual a própria Glória coelho. Que nessa estação também usou cristais da swarovski criando interessantes acessórios como falsos corseletes e colares vazados os quais eram interessantes suportes para os vestidos neutros da estilista. 








Vitorino Campos: verão 2013


"E a Bahia mostra na passarela que não é só axé music e balangandã"

           Olá leitores tudo bem? Depois de uns dias corridos estou aqui de volta atualizando meu cantinho com mais SPFW, se vocês leitores se lembram dos resumos da semana durante a temporada devem se recordar de Vitorino Campos sim? Não? Bem então vamos lá.

            Esse SPFW de junho teve duas adesões no calendário, uma foi de Helô Rocha com a Têca que vou falar em outro post e a outra foi a de Vitorino Campos um dos associados da ABEST (associação brasileira de estilistas). Em sua estreia ele resolveu apostar no atemporal e contemporâneo com alguns toques históricos além de utilizar uma cartela de cores neutras que se conversavam entre si, é que muitas vezes como já vi em diversas coleções o designer viaja e cria uma cartela que não conversa com as roupas ou vice – versa. Portanto é muito complexo combinar as duas coisas, mas Vitorino Campos conseguiu em sua estreia na SPFW.



           
         A coleção vista era totalmente comercial, mas era visível que havia um forte trabalho conceitual, utilizando-se de saias lápis e blusas estruturadas o designer propôs conjuntos que tinham um perfume da Chanel  o que pode ser um erro mas o designer não caiu na cópia pois propôs além desse tipo de conjunto uma série de vestidos bicolores muito interessantes e contemporâneos. Merece destaque também a interessante releitura que ele propôs da linha corola de Christian Dior para quem não sabe essa linha é a qual o new look pertence, na versão apresentada pelo criador ele aparece em branco e interiço se assemelhou muito a Hupert de Givenchy o designer exclusivo de Audrey Hepburn no filme Cinderela em Paris e em toda sua carreira.





  


        Além do interessante trabalho de cores que poderia ser monótono ele utilizou-se também da geometria criando interessantes combinações que lembravam losangos, quadrados e outras formas geométricas. Lendo as críticas pós-desfile descobri que Vitorino Campos vem do estado da Bahia e a coleção dele mostra que a Bahia não é só carnaval e sincretismo como se espera, foi uma ótima estreia e desejo sucesso a Vitorino e que ele continue mostrando que a Bahia não é só a terra do axé e que lá também existe uma criação forte e contemporânea que poderia estar tanto em Salvador quanto em São Paulo e também em Nova Iorque.












sábado, 23 de junho de 2012

Vogue divulga Fashion's Night Out durante SPFW



(Coruja símbolo do evento que ano passado se viu transformada em camisetas e esse ano poderá ser transformada em diversos itens promocionais a gosto do lojista)

"Fashion’s Night Out de setembro vem com novidades"

             E o blog não para, quem achou que só fui a SPFW cobrir desfiles está bem enganado, no meio da maratona rolaram vários eventos bacanas dentro da própria bienal e eu estive em um deles a coletiva de imprensa da Vogue Brasil onde Donata Meirelles e Daniela Falcão falaram do evento que a revista faz todo ano chamado Fashion’s Night Out.

 

            Acredito que todos vocês conheçam esse evento. Não? Pois bem vou contar, foi um evento criado em 2009 pela toda poderosa Anna Wintour da Vogue americana com o intuito de celebrar a indústria da moda e principalmente incentivar o consumo em meio a grande recessão que passávamos e ainda passamos desde 2008/2009 por essa razão é que o evento é realizado durante os lançamentos de verão no hemisfério norte e também durante a semana de moda de Nova Iorque cidade em que Anna vai pessoalmente às lojas cuidar dos detalhes do evento.

            O Conceito geral do evento é promover uma grande festa e principalmente celebrar o ato de compras, para vocês terem uma ideia esse evento é gigante e atinge das Américas até o Oriente com diversos eventos que principalmente divulgam marcas e exaltam o ato de comprar. Esse ano aqui no Brasil ele ocorrerá em dois períodos primeiro no dia dez de setembro com bases nos shoppings Cidade Jardim e Higienópolis para no dia doze chegar ao Rio de Janeiro onde estará sediado no São Conrado Fashion Mall e no Shopping Leblon, para quem acha que esse evento é uma maratona de descontos engana-se pois o desconto chama automaticamente os clientes para as compras e esse evento é feito como uma celebração uma promoção e não uma temporada de preços mais baixos.


             Por essa razão é que os dias escolhidos para o evento são dias “mortos” comercialmente como as segundas feiras entre outros, salientado muito bem pela editora Daniela Falcão exemplificando o aumento substancial de vendas entre 20% e 30% das marcas que participaram das outras edições do evento também realizadas em dias frios para o comercio. Esse ano o evento prepara novidades como a adesão de lojas masculinas e infantis a pedidos dos próprios lojistas, mas como ela também afirmou na coletiva essas lojas do segmento masculino não contarão com o Vogue Indica: (seleção que as editoras realizam nas lojas participantes), pois a própria Vogue não trabalha com esse mercado em sua editoria. Sobre as infantis ela comentou junto com Donata que possivelmente haverá um Vogue indica com a editoria da própria Vogue Kids um dos projetos sazonais da Globo/Condé Nast.

             
 E detalhe vocês querem saber mais do evento? Fiquem atentos que dia primeiro de agosto entra no ar o hot site exclusivo do Vogue Fashion’s Night Out 2012.


(Vídeo da Vogue Brasil sobre o evento em 2011)




Neon: Verão 2013


“O Picnic cigano, intenso e hippie de Dudu Bertholini e Rita Comparato”

             Olá meu queridos, depois de uma parada estratégica de dois dias volto a atualizar o blog. Sentiram saudades? Espero que sim, pois bem depois da coleção Forum para gringo ver a quinta feira na SPFW começou ensolarada, intensa e colorida com o desfile externo da Neon de Dudu Bertholini e Rita Comparato.

            Desfilada no viveiro de mudas Manequinho Lopes dentro do parque do Ibirapuera, a coleção foi linda de se ver ao por do sol inspirada em ciganas e mulheres com um quê de masculino, a marca abusou das cores e estampas tão conhecidas pelos fãs, além disso, também reafirmou parcerias com a Scarf. Me e Lygia e Nanny entre outras como as estampas de Camila Levy, Yassin Lahmar, Kleber Matheus e Eduardo Inagaki.

             Com tantas participações e inspirações se esperava um desfile com um que de confusão, mas não foi isso que aconteceu trabalhando com uma cartela de cores vasta que ia do manteiga passando pelo branco e chegando ao prata entre outros tons. O que se viu foi um típico verão Neon o qual usa e abusa de lenços caftans e estampas sem medo de ousar e chamar atenção, senti até um perfume década de 70 na coleção que atrelou modelagens amplas e outras mais estruturadas, como citado acima a marca propôs estampas que transitavam em diversos temas como animais, frutas, baianas entre outros elementos.

            


       Merece destaque o look noite em que a saia era formada por diversas camadas de foiles metálicos plissados que foram aplicados sobre o tecido essa saia lembrava uma embalagem de brigadeiro festivo como os de criança. Foi um desfile magistral em que se viu o puro estilo divertido e colorido dos criadores e das mulheres cheias de atitude e estilo que vestem a Neon e que essas pessoas não se opõem a vestir maiôs com recortes ousados ou turbantes estampados e tudo isso com diversas pulseiras e brincos.

             







                Destaque também ao casting que desfilou, contando com a irreverência de Marina Dias que coordenou e também desfilou lindíssima. E o final como sempre foi irreverente com todos os modelos sentados na relva e em cima de lenços que serviram de toalha como uma típica fotografia hippie tirada no meio do campo, foi uma imagem linda de se ver.



SALVE A NEON!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Forum retorna com uma coleção para gringo ver na SPFW

Marta Ciribelli faz uma coleção para gringo ver como nova estilista da Forum

                E Chegamos ao ultimo desfile do dia, nesse dia também teve Adriana Degreas com a coleção Bahia de Todos os Santos já previamente mostrada no Elle Summer Preview em junho, mas como não consegui assistir não vou dizer nada a respeito no momento talvez mais para frente no Editoriale da minha partner Francine Aristmunho.

            Pois bem esse desfile teve um gosto de volta às origens primeiro por ser a volta da Forum ao calendário de moda e segundo por razões pessoais para quem não sabe o 1° desfile que vi ainda muito jovem bem antes de fazer moda foi da Forum que na época contou com Ana Hickman na passarela masculina abrindo o desfile como modelo, olha como sou vintage. Pois bem esse ano a marca volta com uma nova direção criativa da ex-estilista da Animale e uma das criadoras da mítica Yes Brazil no Rio de Janeiro da década de 80.



          
          
       
          Com todo esse repertório de moda brasileira não é de se estranhar que ela fosse a escolhida para ocupar o lugar de Eduardo Pombal que agora está só no comando da Tufi Duek, pois bem, em sua coleção de estreia ela abusou da brasilidade através de estampas que remetessem ao Brasil e seus ícones clássicos como caipirinha, favelas, Alfredo Volpi e frutas tecnicamente foi uma coleção para gringo nenhum botar defeito. As estampas criadas pelo designer Filipe Jardim foram o suporte encontrado pela designer e marca para passar a sua mensagem de brasilidade aflorada, em um período que o país sediará as olimpíadas e copa do mundo não achei nada mais propício.


            As silhuetas não tiveram muita intervenção e nenhuma novidade perceptível, mas merece destaque o uso da renda que apareceu em diversos shorts e paletós que foram apresentados em cores vibrantes como laranja e acerola.  Além dessas cores a marca também trabalhou com azul e o verde criando interessantes looks. Uma coisa que chamou a atenção foi que a estilista desconstruiu um dos pilares da marca que é o jeanswear nessa nova versão ele aparece tie - dye  e com algumas intervenções de tecidos mais finos como a seda mas isso não compromete a coleção.




UMA por Raquel Davidowicz


Raquel Davidowicz leva uma coleção abstrata a SPFW

                   E voltamos a falar da SPFW, dessa vez com o desfile da UMA, já tinha tido a oportunidade de ver um desfile dela isto faz já uns dois anos e naquele período achei muito interessante e fascinante sua filosofia de criação, portanto fui com esse conceito para ver seu desfile de verão 2013. E me decepcionei muito.

            Acontece que esse ano não sei o que houve mas todos aqueles cortes harmônicos e silhueta centrada e controlada que havia visto se subverteu em uma porção de tecidos amarrados os quais não delimitavam uma silhueta e pouco menos uma tendência, pareciam diversas criações inacabadas  ou peças de moulage onde se cria em cima do corpo sem planificação prévia. É uma maneira interessante de criar, mas acredito que não funciona para uma coleção a ser exposta em uma passarela  não é mesmo?

           




          Merece destaque as bijuterias as quais eram feitas de borracha preta e dava um interessante acabamento às peças sem forma, sim, pois teve looks que eu vi e eram verdadeiros tecidos amarrados, lembrou-me em alguns momentos a filosofia japonesa de criação já que Raquel Davidowicz redesenhou o corpo através de suas roupas criando uma nova silhueta através da modelagem de sua coleção.

            Os sapatos foram um capítulo a parte, dividido entre rasteiras interessantes e uma terrível sandália de salto com um tipo de polaina por cima só de ver aquilo nos pés das modelos já me deu calafrios de tão esquisito que era aquele estilo de peça. Mas entre as estranhezas urbanas destaco um conjunto branco muito harmônico que fazia conjunto com um colar preto foi ai que durante o desfile consegui enxergar a coleção de fato sem tantas estranhezas e abstrações.





Água de Coco por Liana Thomaz : Verão 2013

Liana Thomaz leva a Turquia a SPFW

               

           Continuando a nossa semana SPFW, hoje vou falar sobre a Água de Coco por Liana Thomaz, para quem não sabe os figurinos de Cláudia Leitte em sua maioria são feitos por ela. Por essa referência fui ao desfile com um pé atrás na realidade esperava uma alegoria ao invés de moda praia usável e esteticamente bonita, mas me surpreendi positivamente.


   Com o tema retrato turco a marca propôs peças usáveis e comerciais típicas de um verão extremamente tropical e delicioso de se ver, o que se destacava mais nesse conceito eram as estampas que tinham toques étnicos como madrepérolas e céu. Isso mesmo a designer estampou a grande maioria de suas peças com detalhes tipicamente locais a exemplo dos mármores das mesquitas e os fios tecidos tão familiares à Turquia.

Merece menção também a cartela de cores utilizada a qual transitava entre o amarelo açafrão e variados tons de azul, outro ponto que evocava o artesanato turco eram alguns maiôs e biquínis com detalhes bordados a mão e a utilização de rendas artesanais. Muito me perguntei como as estampas foram realizadas e se de fato eram fotos próprias de acervo da marca, mas o release revelou que elas foram retiradas do trabalho fotográfico de Edu Rezende que capturou os meandros do universo turco.




            Quanto às silhuetas nada de muita novidade percebe-se que na construção da coleção a designer se ateve a recriar as estampas e retrabalhar a matéria prima adicionando detalhes como correntes entre outros e não criar um novo estilo de maiô ou biquíni o que achei muito interessante já que para mim moda praia tem que ter cara de moda praia.


          Merece também menção a falsa abertura, explico acontece que a Colgate estava patrocinando o SPFW desse ano e fez uma parceria com a marca para divulgação de seu novo produto o Colgate Luminous White, essa divulgação culminou com a modelo Fernanda Motta “abrindo” o desfile com uma estampa exclusiva da Água de Coco e fazendo uma espécie diva não materialista que segue o slogan “agora seu melhor acessório pode ser seu sorriso” tal qual alardeado pela marca nos vídeos pré-desfiles.







terça-feira, 19 de junho de 2012

Ronaldo Fraga: Verão 2013


Ronaldo Fraga volta a SPFW com perfume paraense

            Que o Pará está na moda não é segredo para ninguém só no SPFW já tem um estilista oriundo do norte chamado André Lima, e também tem Lia Sophia, Calypso e a expoente do tecno – brega Gaby Amarantos. Portanto não ia demorar muito para que essa terra abençoada fosse homenageada em algum desfile não é?

            E foi exatamente isso que aconteceu pelas mãos do mineiro Ronaldo Fraga que depois de um hiato em janeiro voltou com uma luxuriante coleção toda baseada e executada em terras paraenses, como foi dito em entrevista posterior ao desfile essa saída da SPFW de janeiro foi estratégica, pois ele fora convidado para desenvolver um trabalho na região norte do país pela fundação da Vale do rio doce. Durante o desenvolvimento desse trabalho é que o designer teve a noção de quão fascinante era a região paraense e o quanto essa região era menosprezada pela indústria cultural, essa experiência dotada de diversas descobertas é citada inclusive no release da marca que ressalta que a cultura local é o oxigênio que o mundo precisa por causa da sua diversidade e magia.

            O Release ainda ressalta que o Pará tem o poder de jogar por terra os nossos pré-conceitos e conceitos estabelecidos na estética e na música e que isso é fascinante. Essa descoberta apareceu muito nas silhuetas que ele apresentou estas apareciam desconstruídas e dotadas de diversas experiências têxteis e táteis, essas experiências principalmente no ramo de marchetaria deixaram o desfile moderno e diferente, pois o estilista propôs a utilização de outros materiais para a construção de seus looks, nessa coleção de retorno as cores escolhidas foram: sobretons de verde, madeira, vermelhos, laranjas e os chamados falsos brancos. Essa mistura de cores apenas falando aqui pode parecer confusa, mas mostra todas as diversas culturas e cheiros existentes em Santa Maria do Grão Pará.

            Destaque também as silhuetas que foram inspiradas em Mario de Andrade, portanto tinham um toque masculino muito interessante que era compensado pelo uso das cores e tecidos como seda, linho, algodão e organza, os arranjos capilares também merecem destaque, pois se assemelhavam a os fascinators utilizados por Gaby Amarantos.

             A trilha merece uma menção aqui, pois uniu diversas musicas conhecidas do Pará como Xirley que no desfile apareceu na voz de Zeca Fofinho o compositor da mesma, além disso, a passarela elevada e cercada de plantas tropicais deu um toque especial que levou um pouco do Pará para a SPFW, assim como a  abertura com roupas brancas e detalhes de led que iluminavam a sala ainda escura.







 Menção para o encerramento na voz de Zélia Duncan declamando uma poesia fictícia de Mario de Andrade para Manoel Bandeira. Após esse final luxuriante o desfile finalmente terminou com “Esse Rio é minha Rua” um dos carimbós tradicionais do Pará. 





Movimento : Verão 2013

“O militarismo tropical de Tininha da Fonte”              

                 E chegamos ao primeiro desfile de moda praia da SPFW que veio pelas mãos da Movimento, nessa estação a marca  propôs uma pegada militar em plena moda praia agora vocês me perguntam como isso é desenvolvido em uma área tão ligada a maiôs e biquínis?

           Através do contrataste, vocês conhecem aquela frase Hay que entender sem perder a ternura jamais? Então a marca trabalhou o militarismo através desse viés o que foi muito interessante já que se espera de moda praia uma coleção às vezes sem um conceito bacana ou com modelagens interessantes e isso não ocorreu com Tininha da Fonte que explorou o verde – oliva, rosa dália, coral além de branco e bege. Outro ponto que merece destaque é que o militarismo apareceu também em bordados os quais foram realizados em parceria com o pernambucano Caio Vinícius que bordou ferragens e estrelas em alguns maiôs da marca lembrando as condecorações militares tão conhecidas.   


            As peças que mais se viram na passarela foram os maiôs que vieram transitando entre estilos utilitários e românticos além desse fato houve também um tratamento de alfaiataria em alguns deles assim como os biquínis que surgiram com amarrações e recortes inovadores. Para o pós-praia a silhueta vem através de macacões vazados e vestidos com golas amplas e arredondadas.

            As estampas merecem um capítulo a parte trabalhada pelos designers Guilherme Luigi e Felipe Soares, abarcavam todos os símbolos tropicais como pássaros, flores e um camuflado colorido, além disso, os designers citados criaram uma estampa exclusiva para o desfile uma parceria da marca com o projeto “Recife te quer”, os tecidos como esperado eram os normais de moda praia além de algumas novidades a exemplo do fluity que se viu misturado com o linho, seda e Piquet.

            Os acessórios eram os que ditavam o militarismo ao desfile com a inspiração em punhos de camisas, quepes de soldado, nós de marinheiro os quais faziam contraponto com os colares ultra coloridos e femininos da marca.

            A trilha produzida pelo DJ Zé Pedro também mostrava essa dualidade da marca atrelando sucessos com pegada militar a exemplo de Run The World (Girls) com outros, e como pano de fundo uma instrumentação marcada por um bumbo ao estilo das bandas militares e também alguns pássaros ao fundo representando a essência tropical da coleção.

             O que se compreende então é que a mulher da marca é poderosa e independente sem deixar de ser feminina e perder sua ternura.



Ellus Jeans Deluxe : Verão 2013

“Ellus vai ao fundo do mar e trás um verão sombrio”


       Bom dia leitores e começando a terça feira com força total, trago aqui o desfile da Ellus de Adriana Bozon, o que se viu na passarela foi para mim um choque, pois verão sempre se espera cores e mais cores além de modelagens largas e bem fresquinhas não é?

            Pois bem a Ellus mudou tudo e apareceu sombria e um pouco dark, explico inspirada nos mergulhos noturnos o verão da marca vem extremamente ajustado e com diversas peças de couro. Ai vocês me perguntam pode couro no verão? Depende muito da empregabilidade eu particularmente não gosto, mas as propostas que a marca fez para a estação ficaram bacanas já que eles montaram as silhuetas as quais dialogavam com o amplo e o estruturado o que criou uma imagem de passarela muito bacana, além do couro usaram outros tecidos mais fluidos como organza, seda, ráfia entre outros. Esses tecidos deram uma quebrada no lether denim metalic que a marca propôs.
            






Outro ponto de destaque é a boca de cena que a marca montou, como um grande telão ela passava imagens do fundo do oceano entre corais e tubarões com um som ao vivo que mesclava elementos percussivos, musica eletrônica e rock. Toda essa mistura levou a nós espectadores a uma imersão no verão da marca que trouxe também referências anatômicas ao tubarão além de trabalhar uma cartela de cores não muito utilizada nessa estação baseada em preto, marinho e branco além de haver uma estampa chamada oceano selvagem que apareceu em alguns looks. Essa linguagem submarina também apareceu nos acessórios inspirados em equipamentos próprios do esporte como cilindros, abraçadeiras, máscaras para mergulho e etc.

            Se o fundo do mar é sombrio eu não sei, só sei que a Ellus foi ao fundo e trouxe um verão sombrio com pitadas de rock o que me surpreendeu já que esperava algo mais colorido.















segunda-feira, 18 de junho de 2012

Triton verão 2013

O Japão da Triton encanta e revela novidades orientais

            E chegamos por fim ao ultimo desfile da segunda feira passada, a Triton de Karen Fuke mais uma vez foi ao Japão e mostrou uma coleção madura e jovial na medida para os “lovers” da marca com uma cartela de cores bem estruturada que mesclava com maestria os tons fortes com outros mais fracos criando um interessante contraste.

            É interessante perceber como a marca conseguiu retrabalhar um tema já explorado e deixá-lo contemporâneo nesse caso foi o Japão onde a estilista misturou toda a cultura streetwear de Tokyo com uma silhueta vinda da década de 80, o mais bacana também é ver a construção dessa silhueta que em alguns looks parecia deslocada e desconstruída bem ao estilo de designers japoneses como Yohji Yamamoto, Junya Watanabe, Issey Miyake grandes criadores que propuseram o pauperismo em Paris. Além desse fato a criadora também propôs algumas estampas feitas pelo artista plástico Lucas Simões e também reverteu o forro isto é fez forros aparentes de cores diversas.
            




A cartela de cores também merece ser mencionada pelo fascinante trabalho desenvolvido através de uma cartela tão diferenciada, a designer trabalhou com os seguintes tons: cinzas, beges, preto, off-white, laranja, verde-menta, roxo, variações de azul, rosa e vermelho. Aparentemente esse caleidoscópio de cores pode parecer esquisito, mas Karen conseguiu coordenar um ou mais tons em cada look criando uma coleção harmônica e atual.



            Merece destaque também a boca de cena que era composta por pedaços de vidro bem ao estilo caleidoscópio esse estilo permitia que fosse visível a entrada das modelos no cenário, o que não deixa de ser uma jogada interessante de visão da cena!














FH por Fause Haten verão 2013


 Com referências não claras e Paula Lima, Fause mostra seu verão.         


                Depois das flores modernas de Eduardo pombal. Dirigi-me ao desfile luxuriante e fascinante de Fause Haten que mais uma vez mostrou seu poder de criação e modelagem, todas as modelos de sua passarela usavam perucas Black Power e joias que se assemelhavam as mulheres girafas de Mianmar, divido a coleção dele em três períodos, inicialmente a índia e as tribos locais como a já citada das mulheres de pescoço alongado.


            Nessa primeira parte da coleção o designer trabalhou com cores diversas o que dava um gostinho de anos 70 já que se viu alguns vestidos com tiras intercaladas e comprimentos que tinham um perfume disco music. Acabou que esse primeiro período foi um encontro entre o funk americano com as mulheres birmanesas e a década de 70.


           
             Após esse início ao estilo pachwork de ideias, iniciou-se um retorno de séculos como 18 e 19 onde se viu um interessante trabalho de texturas e cortes diversos alguns se assemelhavam a lingeries por terem um busto parecido com sutiãs e outros que tinham estruturas de corselet, um ponto interessante é que após a explosão de cores que abriu o desfile o que se viu foram cores com um perfume vintage o que deu um interessante contraste.


         As transparências também vieram fortes nessa coleção o que deixou os visuais femininos e insinuantes, por que não sei se vocês aqui do blog sabem quando a transparência é bem usada ela ressalta e valoriza o look no geral e nisso Fause Haten é gênio.

           

                 Destaque para a trilha sonora executada ao vivo pela potente voz de Paula Lima que inclusive cantou uma canção escrita pelo próprio estilista, intitulada “Na Noite” no início imaginei que o Fause cantaria em seu desfile como já fora feito nas edições anteriores, mas isso não ocorreu e coube a Paula Lima desempenhar esse papel.







Tufi Duek verão 2013

Fresco e moderno esse é o verão de Tufi Duek.

            No mesmo dia do sonolento desfile da Animale, vi também a coleção de Tufi Duek sob a direção do criativo Eduardo pombal e tive uma grata surpresa, com linhas simples e um ótimo uso da cor, o designer mostrou um verão com cara da estação fresco e leve.

 Com inspiração nas flores ele trabalhou muitas camadas imitando pétalas e como elas se sobrepõem uma a outra criando um interessante jogo de imagem, além de utilizar camadas contrastantes em alguns looks que deram um efeito muito bacana na passarela, é interessante perceber que essa inspiração não é trabalhada de maneira óbvia, ou seja, através de previsíveis estampas e todos aqueles subterfúgios tão previsíveis quando se trata de flores.






            Destaque para a cartela de cores verde, mertiolate, branco e preto. Pode parecer meio loucura combinar esses tons, mas o designer conseguiu mesclá-los muito bem além 
de também não usar o previsível amarelo ouro ou bandeira e sim o tom em uma pegada mais flúor o que deu um interessante efeito. Destaque a passarela elevada e ondulada que permitia uma ótima visão do desfile pela sala toda, merece destaque também o look utilizado por Carol Trentini. 

                                                                                            
       





   E também outro ponto interessante foi a utilização de paetês cortados a laser por dentro de algumas saias que davam um efeito fascinante ao caminhar. No início achei que era plástico, mas lendo as resenhas já que não houve um release da coleção descobri ser paetê cortado.