sexta-feira, 28 de junho de 2013

Amor sem preconceitos na FFWMag

FFW Mag exemplifica o amor respeitoso, tolerante e não preconceituoso


            Em diversos momentos a sociedade cobra uma postura enérgica de alguns setores, e com a moda não seria diferente justamente ela que algumas pessoas acham fútil, descartável e avoadinha. Pensando nisso a FFW Mag de junho sai na frente com uma capa lindamente executada por Gustavo Zylbersztajn e Paulo Martinez que diz muito sobre a absurda “cura gay” e também Marco Feliciano.

A Capa nesse momento da sociedade é uma declaração de amor livre e bem sucedido, não é a toa que a revista coloca nessa foto a hashtag #Felicianonãonosrepresenta, além de a foto exemplificar a tolerância, amor e principalmente o respeito que atualmente anda em falta principalmente na comissão de Direitos Humanos e minorias.

Parabéns pela capa Paulo Borges, Paulo Martinez e Gustavo Zylbersztajn e que mais revistas se posicionem mostrando que a moda também tem uma consciência social importante.

(foto retirada de FFW) 

Um Divertido Não Manual de Moda

“Se um striptease desnuda uma mulher completamente, o ato de vestir fala ainda mais sobre ela” - Cris Guerra.



            Como relatei essa semana, ontem ocorreu em São Paulo o lançamento do 2° livro da publicitária e blogueira Cris Guerra, depois do seu 1° livro chamado Para Francisco, ela retorna ao mercado editorial com um não manual da moda baseado em experiências adquiridas através de seu site Hoje Vou assim o 1° site de looks diários do Brasil.

            Ao invés de ditar básicos do guarda roupa de forma ditatorial Cris sugere um caminho de autoconhecimento e análise pessoal, o livro começa com um texto sobre a autora escrito pelo talentoso estilista mineiro Ronaldo Fraga, depois começa com uma honesta carta onde ela conta sua história fashion desde a escola onde ela usava camisa branca, saia de tergal e gravata, até tempos recentes como o post “como usar blazer vinho” que foi o estopim para a realização da obra.


            O interessante é que a obra não se propõe a ser uma bíblia de estilo, como a própria autora diz “Repleta de regras, já basta a vida. Então vamos deixar o vestuário fora disso” dividido em 13 capítulos  a obra propõe uma reflexão destaque para o 2° capítulo chamado de Moda e Autoestima .


            Poderia escrever mais sobre a obra, mas não o vou justamente para vocês correrem até a livraria mais próxima e conhecerem mais essa autora que discute a moda de uma maneira culta, divertida e acima de tudo sem frescura! 

Eu e Cris Guerra

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Chatice da Chata de Galocha (Parte II)

“Anuncio em Blog tem que ser criterioso”


            E continuando a palestra de Lú Ferreira, nesse momento a profissional começou a citar a parte que realmente me traz curiosidade já que a publicidade em blogs é uma coisa recente e já foi muito discutida, tanto que nas entrevistas que faço sempre procuro perguntar sobre o assunto para diversos profissionais.

            De acordo com ela o anuncio em blog tem que ser criterioso destinado há um público certo e tem que ser criado em parceria com o editor de conteúdo, isto é não ser uma peça pronta e fechada, isso até seria no mínimo compreensível se não houvesse a Blogueira Shame que diversas vezes apontou os “publi – posts” não identificados, na verdade existe blog que anuncia desde amaciante de roupas até funerária não é o caso dela, mas muito me pergunto cadê o critério?

            E tem mais, ela disse que uma campanha mal sucedida nesse veículo pode se tornar um viral nas redes sociais, que diria a novalgina com uma blogueira que provocou uma série de risos, porém tenho que concordar com uma coisinha que ela disse e não só ela como todo mundo já comentou ao menos uma vez “a internet é o que você faz dela” esse pensamento não está de todo errado, diversas vezes me disseram que blog não tem o poder necessário entre outros detalhes, porém penso diferente se você tem um trabalho consistente obviamente que será recompensado no futuro é só se dedicar! E óbvio não ir pelo caminho mais fácil, já que o mais fácil pelo menos na internet vira o arroz com feijão e isso é previsível e cansativo.


            Só tem mais uma coisinha que discordo na fala de Lú Ferreira, ela afirmou que o blog é para dividir achismos, não concordo! O blog é um veículo de comunicação e assim como a internet ele é o que você faz dele e te digo caro leitor que dividir achismos é o caminho mais fácil para se atingir alta rotatividade de leitores e visualizações, porém e amanhã? Será que seu achismo segurará os leitores? Lembram-se do tamagochi o blog é a mesma coisa só que ao invés de morrer, ele se torna irrelevante e essa irrelevância na internet é uma das piores coisas nos tempos modernos. 

          Por fim termino com uma frase que em minha opinião é errada “não tenho pretensão a ser especialista”, muito me estranha se não tem a pretensão por que frequenta desfiles de moda tomando o lugar da grande imprensa? Será por hobby? Nunca saberemos, mas fica o recado, se for abrir um blog de qualquer assunto estude, pois garanto que ele terá uma audiência sólida e que dificilmente será tragada pelo efeito “mouse”, os pageviews demorarão a crescer porém quando explodir será pelo conteúdo e consistência e não por looks do dia ou “achadinhos” de beleza.

(fotos retiradas de Tecnovarejo e Tendency Fashion

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Chatice da Chata de Galocha (Parte I)

“O blog Faz Sucesso, pois divide experiências...”

Lú Ferreira 
            No dia seguinte a incrível palestra de Biti Averbach, eu tive a oportunidade de conhecer outra jovem blogueira chamada Lú Ferreira proprietária do blog Chata de Galocha, na realidade ela é realmente chata percebe-se que seu blog segue o formato F*hits de postagem, mas sobre isso vou explicar mais pra frente nesse post. É importante salientar que o blog da garota foi criado em 2007 e eleito o 61° blog mais importante de moda e beleza, agora a palestra era sobre outro tema e do nada ela me solta esse dado? Nada contra, mas pareceu a 1° vista uma publi - palestra!  Não existe o publi – post e o publi – editorial? Agora tem a publi – palestra também.

            Agora há uma fala de Lú ferreira que colocarei aqui já que merece uma análise aprofundada “O blog faz sucesso, pois divide experiências e aproxima o conteúdo do público (real)” na verdade essa frase pode até fazer algum sentido, porém da maneira que ela foi colocada não tem a mínima lógica, vocês leitores lembram-se da palestra da Biti onde ela comentou do narcisismo exacerbado? Então nesse caso a frase se encaixa e cá entre nós o blog faz sucesso pelo seu conteúdo e honestidade, portanto essa coisa de dividir experiências até faz sentido em um blog independente agora em um blog “empresa” tem que tomar muito cuidado. Nessa parte da palestra ela destacou a principal diferença entre Blogueiros e jornalistas sendo que os primeiros dividem experiências e os jornalistas realizam análises, discordo dessa informação por um fato muito interessante Dolce & Gabbana faz certo tempo colocou só blogueiros na 1° fila quer dizer que eles não foram fazer análise sobre a coleção? Que estranho não é? E o F*Hits vai ao SPFW fazer o quê? Tirar foto do look do dia na bienal? E assistir a coleção? E tem mais quer dizer que jornalista então não pode ter blog?


            Olha hoje vou parar por aqui, mas volto amanhã com a segunda parte, pois essa palestra merece ser bem destrinchada e explicada já que a palestrante equivocou-se com alguns pontos principalmente no que diz respeito à publicidade, porém isso não tira os méritos da moça não. 

(Foto retirada de Juliana e a Moda

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Biti Averbach e as potencialidades dos blogs de moda (parte II)

“Sai do formato repercussão e busca o novo...”

Biti Averbach

            E continuando com a mesa de Biti Averbach no Moda Camp, depois de ela citar a existência de alguns blogs conhecidos como o de “Manolo The Shoeblogger” e também iniciativas que ela participou como o Moto – à – Porter da Motorola no SPFW de 2007, Biti  começou a analisar o mercado atual tanto internacional quanto nacional e por quê tantas garotas estavam sendo adeptas do blog de moda.

            Nessa parte da palestra foi que de fato a profissional colocou a situação em pratos limpos, citando a matéria escrita por Suzy Menkes no New York Times onde ela afirma “existe uma confusão sobre o elegante e o extravagante” nessa matéria a jornalista apontava o novo panorama da moda destacando o novo circo que não estava nas passarelas e sim na entrada dos desfiles, não é a toa que a matéria tinha o título de “O Circo da Moda” entre as destacadas na matéria estava a editora Anna Dello Russo como símbolo desse circo midiático de moda.


            Na esfera brasileira para Biti Averbach o que mais existe são blogs de patricinhas ricas que necessitam da internet para canalizar seu narcisismo exacerbado, ela também criticou os blogs com equipe, pois se há uma equipe não é mais blog e sim um site para ela o blog em sua essência precisa ser escrito em 1° pessoa e também ser 100% autoral. Entre os blogs que fizeram essa travessia de formatos a profissional citou o Petiscos de Julia Petit para ela o site dela sai do formato repercussão de notícias e busca o novo interpretando as informações. Ela pontuou que o formato repercussão é muito visível nos blogs de moda nacional o que deixa a blogosfera chata e sem novidades.


            Um dos maiores absurdos nesse mercado para a profissional está a não citação de fontes, para ela além de ser crime isso é apropriação do trabalho alheio e mostra que o gerador de conteúdo não é honesto com seus leitores. Concordo plenamente com a visão de Biti Averbach, muita gente me pergunta por que não gosto de determinados blogs da área, eu sempre respondo que não gosto, pois não me adiciona informação, ter um blog é uma responsabilidade muito grande e acredite que ela vai muito além de looks do dia e desfiles de moda, um blog tem que acrescentar algo. 

Equipe do Petiscos por Julia Petit nas manifestações de São Paulo
(Fotos retiradas de Petiscos e Circolare)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Moda Intuitiva de Cris Guerra chega as Livrarias

“Repleta de regras, já basta a vida”




            Seguindo o exemplo de Costanza Pascolato, Lilian Pacce, Regina Guerreiro, Erika Palomino e Gloria Kalil a publicitária Cris Guerra do site Hoje Vou Assim lança seu livro na próxima quinta feira em São Paulo, porém engana-se quem imagina um livro estilo autoajuda de estilo ou uma biografia. 

           O livro de Cris chamado Moda Intuitiva, propõe um diálogo da moda com o as pessoas para que assim elas possam descobrir seu próprio estilo, esse tipo de diálogo não é muito difundido na área e é justamente essa diferenciação que deixa o livro dela mais interessante e fascinante, já que ao invés de usar sua bagagem para dizer o que combina com o quê, ela propõe caminhos através dos quais as leitoras e leitores possam descobrir seu próprio eu “fashion”.


            Portanto deixo aqui o convite, se você estiver em São Paulo não perca a oportunidade te garanto que será uma boa leitura, deixo meus parabéns a Cris Guerra pelo conceito do livro desde já! 

 (fotos retiradas de Hoje Vou Assim e FFW)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Por Dentro da Moda: Titia Shame (3° parte)

“Ninguém mais aguenta blog de moda não”


Eu e Titia Shame

            E segue a 3° parte da entrevista com a Titia Shame, nesse bloco ela comenta algumas curiosidades sobre o surgimento a expressão tia, responde a pergunta de alguns leitores como Fúlvia Moraes, Tamara Kas e Gabriel Alexandre, além de comentar a existência de alguns blogs bacanas como o de José Gayegos, André do Val, Costanza Pascolato e  Regina Guerreiro. Agradecimentos a querida Titia Shame por ter me recebido e o auxílio de Natacha Galvão na câmera.



Biti Averbach e as potencialidades dos blogs de moda (parte I)

“Um blog tem que ser bem feito e acrescentar algo”

Biti Averbach
            E voltamos a falar de moda, na realidade os posts dessa semana e da semana passada serviram com um propósito de mostrar quer mesmo eu falando de um assunto focado (Moda), eu tenho uma visão muito particular do que está acontecendo no ambiente onde eu vivo. Algumas vezes já ouvi dizerem que quem escreve sobre moda vive em uma “nuvem cor de rosa” alheia à situação, e os posts dessa semana provam que não, mas vamos voltar ao Moda Camp.

            No mesmo dia da mesa de luxo, houve uma que eu particularmente estava ansioso já que falaria de blogs como emissores de conteúdo e suas potencialidades na visão de Biti Averbach (Moda sem frescura e ex-editora da Marie Claire), além de ter tido ótimas referências dela através da Liliane Ferrari a palestra foi maravilhosa. Ela colocou em pratos limpos alguns pontos importantes muitas vezes esquecidos pelas novas blogueiras, para ela um blog tem que acrescentar algo isto é não pode ser só uma foto de seu armário diário e além de tudo tem que ser bem feito e principalmente bem escrito. Além de apontar esses defeitos ela fez uma retrospectiva bem interessante sobre o mercado blogueiro desde 2002.

Carol Vasone (UOL)

            Muitas informações eram novas para mim, eu nunca imaginei que em 2006 já haveria uma blogueira cobrindo a semana de moda de nova Iorque (the budget fashionista) e que em 2009 os estados unidos criaria uma série de normas para organizar os blogs, um ponto importante na visão de Biti para a criação de um bom blog de moda é a cultura, isto é se abastecer de livros, revistas tudo o que cair em suas mãos isso na visão dela é um componente necessário e não só na dela como na minha também. Entre os pontos abordados ela comentou sobre o polêmico jabá na área de moda, salientando a matéria de Carolina Vasone para o Uol com o tema, nessa matéria ficou bem clara a diferença entre blogueiros e jornalistas.

The Budget Fashionista (Kathryn)

            Esse post assim como o da mesa de luxo, será dividido em dois, pois o assunto merece uma maior atenção, já que fala exclusivamente com o nosso mercado de blogs de moda.

(fotos retiradas de Fickr (IED), Lucky Mag e Fashion Bubbles)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Um novo Brasil e uma nova sociedade

Sonhar mais um sonho impossível, só que Não.

Largo da batata - São Paulo

            Mais uma vez volto aqui para falar de algo que não é do meio da moda, ontem o Brasil viveu um dia atípico onde sua sociedade foi às ruas em busca de uma qualidade de vida, e de um Brasil novo onde não existirá espaço para gastos públicos excessivos, como os demonstrados para a realização da copa, olimpíadas entre outras coisas.

            Embora eu escreva sobre moda não me manterei calado, já que foi através de movimentos como esse que o mundo mudou e principalmente que a sociedade se transformou no que é hoje, quem não conhece a queda da bastilha, diretas já, anistia, voto direto? São movimentos populares onde uma camada da sociedade acreditou que o seu sonho não era impossível, eu acredito que se todos se unirmos em busca de um bem comum conseguiremos a mudança.

            Que as manifestações de ontem sejam só o início de uma nova cara para o país, onde não exista mais só o caipirinha, samba e futebol. Que exista sim uma sociedade preocupada e ativa que quando se sentir incomodada que ela conteste e consiga mudanças, como a redução da abusiva tarifa de 3,20 no transporte público que é uma das principais bandeiras desse fato! Que através de ações como as de ontem o canto da cidade e a cor da cidade voltem a ser do povo como é de direito.



            Tive muito orgulho de escrever sobre isso, pois grandes profissionais que admiro como Julia Petit, André do Val, Vivian Whiteman, Lilian Pacce, Cecília Lima, Blogueira Shame e amigos como Francisco Hurtz estavam lá! Mostrando que a moda e as artes também estão preocupadas com o futuro do país não sendo uma “nuvem” cor de rosa como já ouvi amigas minhas falando sobre o que escrevo! 

(foto retirada de Youpix)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sem moda nem opinião apenas indignação!

“Atenção ao Dobrar uma esquina... atenção menina você vem...”.



            Hoje o dia não foi de moda, foi de ressaca depois de mais uma noite sangrenta pela cidade de São Paulo, onde inocentes manifestantes foram covardemente atacados por uma polícia raivosa que diversas vezes se utilizaram da farda para oprimir e repudiar essas pessoas.

            Escrevo essas linhas com raiva da minha cidade de São Paulo que amo tanto, como diz um amigo meu é uma babilônia sangrenta que não respeita manifestações pacíficas em busca de um bem ideal, o que se viu ontem não foi a mesma cidade da Parada Gay realizada na mesma rua da consolação no início do mês, o que se viu foi uma verdadeira guerrilha urbana contra os cidadãos inocentes que muitas vezes estavam voltando a suas casas em busca de descanso.


            A questão é muito mais ampla que 3,20 o movimento agora ganha um caráter político necessário já que foi desse jeito que em 1992, Fernando Collor de Mello foi deposto do poder, porém vale salientar que ontem não havia distinção entre manifestantes e pessoas comuns o que levou a PM arbitrariamente atirar contra a imprensa provocando danos irreparáveis, as pessoas e a alma de São Paulo. Infelizmente não estarei nas próximas manifestações, mas deixo aqui meu apoio ao movimento e que mais pessoas entendam que a manifestação não é por 3,20 e sim por justiça e transparência.

(Foto retirada da coluna de Hoje de Julia Petit no Petiscos)

Por Dentro da Moda: Titia Shame (Parte II)

Eu faço tudo muito na correria”


            Depois, de alguns problemas no youtube segue hoje a 2° parte da entrevista com a Titia Shame, espero que gostem. Nesse bloco ela fala um pouco de conteúdo, Julia Petit, outras coisinhas e vai ter novidade de Titia Shame.

            Assistam.



(Foto retirada de Veja)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Mercado de Luxo (Parte II)

“Hoje o luxo é proporcionar experiências”


            E continuando sobre a mesa de luxo no Moda Camp depois de explicaram sobre a falta de cultura de luxo no país, os três profissionais da mesa mostraram alguns gráficos bem interessantes onde estava explicada o por quê da existência dos 5 esses do luxo (estética,ética, experiência,excelência) + exclusividade. 

A primeira vista essas são qualidades que procuramos em qualquer produto, porém no mercado de luxo elas significam o algo mais do produto:

Estética = força da Marca
Excelência = oferecer o melhor
Ética = ser sustentável
Experiência = na cabeça do cliente

No Brasil isto está se desenvolvendo, os profissionais convidados foram unanimes em dizer que no período que estamos sobressai mais a ostentação que qualquer outra coisa no estilo de programas como mulheres ricas da TV bandeirantes, na Europa essa ostentação já passou hoje o mercado por lá embora não esteja nos seus melhores dias valoriza outros sentidos do luxo e principalmente a qualidade seja em coisas pequenas como um lenço. Como disse a diferenciação acontece por causa principalmente do conhecimento, isto é as pessoas inseridas no mercado podem ser divididas em duas classes os novos ricos que na ânsia por exclusividade exibem logomarcas gigantes de marcas “fashion”, e os ricos de verdade que procuram a diferenciação por meio da cultura e do estudo não se importando em não estar “na moda”.



            É importante destacar que o segmento “fashion” muitas vezes não é considerado luxo simplesmente por não ter excelência, luxo se pensarmos assim é poder usar uma roupa da Chanel, Dior, Alaia e não uma camiseta da Hollister, Abercrombie e derivados por quê? Por que as primeiras são maisons tradicionais e reconhecidas com uma grande história, e as segundas são apenas equivalentes a Hering no mercado estrangeiro.

Basicamente quando falamos em mercado de luxo, esse são os principais pontos a serem observados, já que além de uma etiqueta procura-se um estilo de vida e principalmente princípios sólidos. Como Giulio disse no encerramento da palestra:

“Ética não é só da porta a fora deve começar de dentro, o que você constrói dentro da empresa passa para o cliente.”


            Sendo esse conceito que também deve ser analisado quando forem consumir produtos do mercado de luxo. 

(fotos retiradas do Flickr do IED - São Paulo)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Óculos bebem de fonte fashion para sua reinvenção

   A reinvenção das armações óticas

            Como vocês meus queridos leitores devem ter percebido eu sou meio cego, isto é utilizo óculos desde meus cinco anos de idade, sempre procurei armações descoladas e modernas para usar, eu as encontrava, porém só de grifes internacionais como Vivienne Westwood, Chanel, Bulgari, Gucci entre outras.


            Quando estive no Moda Camp semana passada tive contato com a Chilli Beans, eu conhecia já a marca mas nesse evento eles estavam divulgando as suas linhas assinadas que nada mais é que óculos feitos em colaboração com estilistas, músicos e etc. Entre as linhas apresentadas estavam a de Alexandre Herchcovitch que descobri depois ser um colaborador antigo da marca, Carlinhos Brown, Amapô de Carô Gold e Pitty Taliani e Gloria Coelho. Não preciso dizer que gostei muito dos óculos de Gloria que traziam toda uma referência da década de 60 em cores neutras sendo de fácil combinação.

            Por ter gostado do que vi, conheci a RP da Marca no evento que gentilmente me mandou o release e algumas fotos da coleção de Gloria Coelho, confesso a vocês que estou apaixonado pelo que li, é interessante uma marca brasileira trazer designers reconhecidos ao grande público, a Iódice desenvolveu alguns óculos para o verão 2013, porém eram exclusivos para as lojas da marca o que impedia o acesso a todos os compradores, na minha visão a parceria da Chilli com os designers brasileiros vem para atender esse público sedento por moda, estilo e principalmente bom preço.



            Lendo o release descobri umas coisas interessantes, que a marca de Lingerie Thais Gusmão e o brechó À La Garçonne são os próximos parceiros, Thais explorará toda a feminilidade e sensualidade do universo da underwear e o brechó com auxilio de Fábio Souza explorará o vintage em dois modelos um para sol e outro de lentes claras. Interessante não é? Eu como um bom utilizador de óculos se possível comparei algumas armações assinadas, pois acredito que é um preço pequeno a pagar por uma peça de design.

(fotos: divulgação)

O Mercado de Luxo (Parte I)

“Às vezes o luxo não é objetivo ele pode ser subjetivo”


            Entre as palestras mais interessantes do ModaCamp teve uma sobre os 5 esses do Luxo, a 1° vista parece um assunto complexo mas não é, o mercado de luxo é um dos que mais cresce no Brasil em todos os sentidos. Não é a toa que Hemès, Chanel, Repetto entre tantas outras marcas de renome estão se instalando no país.

            Mas como se preparar para esse mercado? Qual é o novo conceito atrelado ao luxo? Foi justamente isso que Claudio Diniz (Maison Du Luxe), Giulio Garbini (Ermenegildo Zegna) e Vitor Megido (Cried) explicaram para quem estava presente. Na visão deles o conceito mudou já que encaixou o conceito de personificação, o luxo hoje é ostentar uma marca, porém de uma maneira exclusiva principalmente para os novos ricos que necessitam demonstrar a riqueza em todos os detalhes de sua vestimenta dizendo subliminarmente “eu consegui sou rico”.


Cláudio Diniz,Vitor Megido e Giulio Garbini


            Isso difere da verdadeira riqueza que para os ricos de berço é a educação, um ponto unanime entre os participantes da discussão é que o Brasil se tornou uma potência no mercado de luxo por alguns fatores como o bônus demográfico que ocorre desde 2007 e também a facilidade de se tornar rico, atualmente uma pessoa fica milionária no Brasil a cada 27 minutos. Dado interessante não é? Porém é importante salientar que para atender esses novos ricos ostentadores, se necessita de pessoal e principalmente de expansão de suas lojas, é por isso que hoje o eixo de luxo não se restringe só a São Paulo e Rio de Janeiro.

            Basicamente as redes internacionais de luxo trabalham em três partes, primeiro SP e RJ, depois expansão para os mercados de Brasília e Curitiba para posteriormente abrir boutiques no nordeste, um exemplo dessa expansão é a Sephora que pretende ter 35 lojas espalhadas pelo país, sendo que hoje conta com lojas no JK Iguatemi e Morumbi Shopping ambos em São Paulo. Mas como toda a expansão existe as taxas e impostos, algumas grandes marcas em busca de crescimento amortizam esses valores em busca de um preço mais competitivo, porém as empresas de nicho como a própria Ermenegildo Zegna não conseguem, pois vendem pouco e para um público muito selecionado. Agora a pergunta que fica é quando o Brasil criou essa cultura, ai que está o país não tem uma cultura de luxo assim como aconteceu com a China em anos anteriores as marcas que se instalam aqui estão a procura de um novo público, sedento por ícones de estilo como a bolsa Noé da Louis Vuitton ou o sapato de Christian Louboutin. Portanto posso dizer que essas marcas estão criando uma cultura de luxo no país.



            No momento é só, porém retomarei esse tema amanhã, pois tem alguns pontos que ainda merecem ser elucidados sobre o mercado são dados importantes para entender como atender esse público exigente e por que não um pouco deslumbrado?

(foto retirada do Flickr do IED São Paulo)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Por Dentro da Moda: Titia Shame

“Quem me seguia no twitter tinha certeza que eu era a Blogueira Shame”



            Depois de um tempo sem vídeos, voltei com esse formato dessa vez depois de Julia Petit e Liliane Ferrari, eu gravei com a personalidade mais polêmica da web em 2012, apresento a vocês a famosa e única Titia Shame. Essa é só a 1° parte da entrevista que fica cada vez melhor!


Agradecimentos a Natacha Galvão pela filmagem em um sábado a tarde. 



WGSN no Modacamp

“WGSN olha para o macroambiente não apenas para moda”


            Embora já tenha feito o balanço do Moda Camp na sexta feira, acho bacana trazer agora as palestras mais interessantes do evento em um formato separado, isto é uma por uma destacando os pontos mais importantes. A que abriu o evento foi do WGSN tratando sobre coolhunting, eu não sabia muito sobre o assunto, porém a palestra foi bem explicativa.

            O interessante foi que comentaram o funcionamento do WGSN, isto é como eles procuram entender as tendências e traduzi-las para o público, basicamente funciona da seguinte maneira o portal pega as tendências maiores que vem da moda, música, decoração, artes plásticas e as transforma em uma tendência de moda, esse sistema difere do adotado até a década de 80 onde existiam os bureaux de estilo que lançavam trend books (livros de tendência) sazonalmente criando uma identidade imutável durante a estação que viria.


            O WGSN é pioneiro nesse sentido, pois seus criadores perceberam que a moda era mutante diariamente necessitando de reinvenção diária tal qual o mercado financeiro das bolsas de valores, para isso eles realizam a cada seis meses o Trends Day (dia de tendências) em Londres onde todas as editoras do site se encontram para compartilhar descobertas e novidades de suas áreas de influência.


            O portal procura entender como funciona esse mecanismo, para isso realizam diversas pesquisas e ficam atentos aos grupos comportamentais, pois a tendência nasce através desses grupos. Já que a moda fala de pessoas, portanto os detectores de tendência tem que enxergá-las sejam elas excêntricas ou ordinárias, um coolhunter tem que estar aberto a qualquer tipo de roupa seja de rua ou passarela, música, redes sociais entre outros pontos importantes, já que em algum desses canais pode surgir a nova tendência para o verão ou inverno futuro. 

(Fotos retiradas do Flickr do IED São Paulo)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

MAG! Fashion Tour

ffwMAG! leva cultura de moda para fora do eixo RJ – Sp


            Já disse em diversas ocasiões que nunca é demais expandir as fronteiras do pensamento não é? Ainda mais em palestras, exposições fotográficas ou eventos que condensem tudo de uma só vez, em São Paulo temos o Pense Moda de Camila Yahn, Moda Camp do IED, Escola São Paulo de Isabela Prata entre tantos meios de adquirir essa cultura, mas e em outras cidades?

Regina Guerreiro e Paulo Borges

            Pensando nisso a Luminosidade de Paulo Borges (SPFW), está desenvolvendo um trabalho chamado FFWMag! Fashion Tour com o intuito de levar essa cultura de moda para outros lugares como Belo Horizonte, Blumenau entre outros. Não sei muito bem como funciona o projeto, isto é quais cidades vai passar e quais os convidados, porém não deixa de ser uma proposta bacana para os admiradores de moda que não podem viajar ou não tem acesso aos eventos de moda.


            Esse trabalho segue o conceito da ultima FFW Mag lançada onde Regina Guerreiro ganhou um tributo tão digno quanto sua carreira na moda brasileira, tanto que em BH a própria Regina esteve presente em uma descontraída entrevista com Paulo Borges que posteriormente inaugurou a exposição de 20 fotografias que estão na publicação, vale lembrar que essa exposição está aberta até dia 15 de junho no Boulevard Shopping. 


(Fotos retiradas de FFW e Ameixa Japonesa)

Moda Camp : Balanço Geral

2 dias de conteúdo, moda e alfinetadas.


            Como postei aqui já faz alguns dias, essa semana o IED (Istituto Europeo di design) sediou a 3° edição do Moda Camp, um bar camp voltado para a área de moda, assim como já é tendência na Europa, Estados Unidos o evento abre as portas para a população interessada em discutir sobre moda e enxergá-la fora da futilidade.

            Dividido em dois dias o evento teve um pouco de tudo, entre os destaques: Biti Averbach comentando sobre os blogs como novos veículos de comunicação para a área de moda (destaque para a definição de blogs de moda brasileiros), WGSN com uma palestra de coolhunting onde Carolina althaller ex-aluna do IED explicou como é feita a pesquisa, para mim que não conhecia muito do assunto foi estimulante, a mesa redonda sobre o luxo com a presença de Giulio Garbini da Ermenegildo Zegna.

            No segundo dia também houve destaques como o portal Use Fashion que trouxe um panorama do novo consumidor e os anseios femininos que hoje em dia são desdobrados em várias vontades e quereres, Renato Kherlakian com a trajetória da Zoomp e as reinvenções constantes que a marca fez. Por fim tivemos a presença de Costanza Pascolato ícone incontestável de elegância e homenageada esse ano no evento.

            Entre os pontos frágeis do evento destaco a participação de Lú Ferreira literalmente uma Chata de Galocha, a história do blog pode até ser fascinante, mas acredito que fugiu um pouco da proposta da mesa que era “Blogs e novas gerações de leitores e consumidores fashionistas” e também convenhamos que F*Hits já deu né? Seria mais interessante chamar uma Liliane Ferrari, Julia Petit ou até a própria Blogueira Shame pra falar do assunto não é? Também destaco a mesa de Deborah Bresser, o tema era muito estimulante, mas muito direcionado aos projetos inscritos no evento pareceu aquelas bancas de TCC, decepcionei-me com Patrícia Carta que falou muito pouco do seu trabalho com revistas de moda citando mais a parte estrutural da sua editora do que de fato a imprensa especializada.

            Porém o saldo do evento é que houve mais pontos positivos que negativos, destaque a Ricardo Peruchi pela organização impecável e estrutura ótima para sediar esse ciclo de conhecimento, é um evento que evidentemente voltarei, pois trocar conhecimento nunca é demais. Como disseram na mesa de luxo o que separa um rico do novo rico é o estudo, esse conceito foi reafirmado por Costanza Pascolato no seu discuso de agradecimento, então se até dona Pascolato acha isso quem sou eu para discutir não é?

( foto retirada do Facebook do Modacamp)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Marie Rucki e a Moda (Parte II)

A abordagem da moda hoje em dia é mais metódica e racional


            E continuando a descrever o pensamento de Marie Rucki, depois de explicar o sistema Chanel e também dar nomes aos estilistas que se encaixam no formato. Ela começou a destacar alguns novos estilistas na época como Adam Kimmel que na visão dela era um grande nome em apenas três anos de carreira embora tenha feito estágio na Calvin Klein, o interessante para ela foi justamente o início desse estilista/arquiteto criando calças brancas que evoluíram para roupas normais, isto é mais viris e menos andróginas.

            O estilista trabalhava com o retrô muito antes de ele virar moda isto é sua linha de roupas foi transposta através de roupas já usadas de brechó. Passando para outro tópico Marie Rucki foi muito realista quando perguntada sobre os anos 2000, lembrem-se que essa palestra foi em 2009 ok? Para ela 2000 foi o renascimento da moda tal qual ocorreu na década 60 com revistas e o cinema americano.

            Esse renascimento cobrou dos estilistas evidentemente, nesse ponto ela descreveu como era o cenário europeu de criação que a equipe era formada de estilista e assistente que auxiliava na criação de uma identidade e de uma coleção, entre os exemplos de criação ela citou o relançamento da Louis Vuitton que durante cinco anos divulgou um produto inexistente preparando o público para sua nova cara, nas grandes empresas essa formula não se encaixa para Rucki os estilistas de grandes grupos não criam se utilizando de um sistema cartesiano para fazer os produtos, isso ocorre por que essas empresas de moda tem um público exigente para atender.

            E ela ainda disse que o criador em sua essência tem várias coisas que o inspiram, mas ele sempre será o mesmo e também que ele tem algo faltante na personalidade que será preenchido com a criação, é uma visão meio crítica na minha concepção, porém é verdade já que desde Christian Dior isso acontece não é?

(Foto retirada de Jacqueline Keller)


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Marie Rucki e a Moda (Parte I)

“Atualmente os assessórios fazem funcionar o Prêt – a - Porter”


            Acredito que já tenha falado aqui de Marie Rucki a famosa diretora do Studio Berçot de Paris uma das mais famosas escolas de moda no mundo, junto com o IED (Istituto Europeo di Design) e Istituto Marangoni de Milão. Acontece que diferente dessas duas escolas Marie já esteve algumas vezes no Brasil ministrando palestras em parceria com a Casa Rhodia onde ela deu aulas a Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho entre outros famosos estilistas.

            E mais recentemente ela retornou em parceria com a Escola São Paulo de Isabella Prata, tive a oportunidade de assistir suas aulas nas duas vezes em que ela esteve presente, faz certo tempo, mas precisamente 2009, porém o conteúdo passado está complemente conectado com o panorama atual da moda. Já que lá em 2009 ela deixava claro que o mercado jovem é filho da globalização e que na moda brasileira tudo acontecia muito rápido.

            Nesses encontros ela falou um pouco de tudo e principalmente deu um panorama bem interessante das marcas e também do mercado de moda no eixo EUA- Europa, em suas palavras ela destacava a eficiência do que ela chamou de “Sistema Chanel” que consiste em dar novo brilho as antigas maisons de couture renovando seu estilo, entre exemplos bem sucedidos ela destacou o próprio Karl Lagerfeld e citou outras tentativas como Albert Albaz (Lanvin) no período de duas estações que ele esteve na Yves Saint Laurent, Rochas que nas palavras dela realizava uma moda “vegetativa” com coleções sem brilho muito similares as de antigamente. Em 2009 John Galliano havia revolucionado a Christian Dior com seus desfiles show e o excesso de opulência que marcou o renascimento da marca, na opinião de Marie ele é o chamado estilista emocional que tem muito talento e principalmente que revolucionou tudo que se conhecia da marca.


            Pode parecer um pouco chato esse post, porém os ensinamentos podem ser colocados em pratica ainda hoje, por essa razão essa semana  colocarei aqui um pouco do que ela me ensinou e merece ser observado até hoje no mercado de moda.

(foto retirada de: Urbanistas)