terça-feira, 11 de junho de 2013

O Mercado de Luxo (Parte I)

“Às vezes o luxo não é objetivo ele pode ser subjetivo”


            Entre as palestras mais interessantes do ModaCamp teve uma sobre os 5 esses do Luxo, a 1° vista parece um assunto complexo mas não é, o mercado de luxo é um dos que mais cresce no Brasil em todos os sentidos. Não é a toa que Hemès, Chanel, Repetto entre tantas outras marcas de renome estão se instalando no país.

            Mas como se preparar para esse mercado? Qual é o novo conceito atrelado ao luxo? Foi justamente isso que Claudio Diniz (Maison Du Luxe), Giulio Garbini (Ermenegildo Zegna) e Vitor Megido (Cried) explicaram para quem estava presente. Na visão deles o conceito mudou já que encaixou o conceito de personificação, o luxo hoje é ostentar uma marca, porém de uma maneira exclusiva principalmente para os novos ricos que necessitam demonstrar a riqueza em todos os detalhes de sua vestimenta dizendo subliminarmente “eu consegui sou rico”.


Cláudio Diniz,Vitor Megido e Giulio Garbini


            Isso difere da verdadeira riqueza que para os ricos de berço é a educação, um ponto unanime entre os participantes da discussão é que o Brasil se tornou uma potência no mercado de luxo por alguns fatores como o bônus demográfico que ocorre desde 2007 e também a facilidade de se tornar rico, atualmente uma pessoa fica milionária no Brasil a cada 27 minutos. Dado interessante não é? Porém é importante salientar que para atender esses novos ricos ostentadores, se necessita de pessoal e principalmente de expansão de suas lojas, é por isso que hoje o eixo de luxo não se restringe só a São Paulo e Rio de Janeiro.

            Basicamente as redes internacionais de luxo trabalham em três partes, primeiro SP e RJ, depois expansão para os mercados de Brasília e Curitiba para posteriormente abrir boutiques no nordeste, um exemplo dessa expansão é a Sephora que pretende ter 35 lojas espalhadas pelo país, sendo que hoje conta com lojas no JK Iguatemi e Morumbi Shopping ambos em São Paulo. Mas como toda a expansão existe as taxas e impostos, algumas grandes marcas em busca de crescimento amortizam esses valores em busca de um preço mais competitivo, porém as empresas de nicho como a própria Ermenegildo Zegna não conseguem, pois vendem pouco e para um público muito selecionado. Agora a pergunta que fica é quando o Brasil criou essa cultura, ai que está o país não tem uma cultura de luxo assim como aconteceu com a China em anos anteriores as marcas que se instalam aqui estão a procura de um novo público, sedento por ícones de estilo como a bolsa Noé da Louis Vuitton ou o sapato de Christian Louboutin. Portanto posso dizer que essas marcas estão criando uma cultura de luxo no país.



            No momento é só, porém retomarei esse tema amanhã, pois tem alguns pontos que ainda merecem ser elucidados sobre o mercado são dados importantes para entender como atender esse público exigente e por que não um pouco deslumbrado?

(foto retirada do Flickr do IED São Paulo)

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