segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

NYFW: Hervé Léger

A reinvenção do bandage por Max Azria


            Quando uma peça torna-se marcante o estilista tem um grande desafio, de reinventá-la a cada estação. Esse acaba sendo o desafio de Max Azria diante da herança de Hervé Léger, marca por ele relançada em 2008.

            O resultado desse desafio pode ser visto no último desfile da marca Nova Iorque, é prudente observar que além de reinvenção Max propôs outras silhuetas e leituras para a mulher acostumada com o sex appeal da marca. Além disso, houve também um trabalho fascinante com o couro criando uma série de corselets semelhantes a grades ou gaiolas, é possível observar certo fetiche principalmente nas combinações de tecidos, entretanto essa impressão não prejudicou a leitura total da apresentação.

 

            As cores também complementam esse aspecto fetiche/sadomasoquista principalmente pelo uso abundante de preto, nudes e um pouco de laranja. Destaque para como o estilista trabalhou o nude, ao invés de investir em uma combinação pálida e sem graça, Max Azria o apresentou bordado e ajustado ao corpo relembrando o clássico bandage dress da Hervé Léger. Os calçados não variavam muito, entretanto eram alternados entre ankle boots e botas até a coxa.

            Embora se utilizando de poucas cores a marca explorou muito as texturas. Em diversos modelos era possível perceber o cuidado de Max Azria em trabalhar camadas e nuances. Detalhes até então ignorados, mas muito importantes em uma coleção de inverno, já que nessa estação usamos mais peças e deixamos pouca pele à mostra. Se bem que para as mulheres de Hervé Léger pouco importa o clima.


(Fotos retiradas de FFW)

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